Os aeroportos são uma espécie de terra de ninguém, espaços entre espaços, quando já se foi mas ainda não se chegou, talvez seja por isso que gosto disto, destes momentos em que a vida fica em suspenso.
Venha, vamos voar pelos céus, vaguear pelos continentes, perder-nos no mundo, com a única certeza que no seguimento da noite mais escura teremos sempre uma madrugada pronta a receber-nos.
Cidadã flor, sabe bem que o Senhor Ministro faz muita falta à nação e ao mundo. O Senhor Ministro volta sempre, como a bonança depois da tempestade, o dia depois da noite, a primavera depois do inverno. Como diria o Dr. Pipoco, vulto da cultura que o Senhor Ministro muito preza, seu guru e mentor pessoal, as coisas são como são.
(Santo António me valha, agora tenho esta na calha. Meu santinho, meu monge, manda-a para bem longe).
Senhor Ministro, desculpe estar a interromper este momento literário tão bonito, guardo no peito os momentos mágicos de poesia e declamação do Senhor Ministro, mas ouve as vozes ao fundo? É a multidão que veio recebê-lo em êxtase. Não os façamos esperar.
Cidadã flor, como vê, o Senhor Ministro não tem mãos a medir perante tantas solicitações. Um grande beijinho, continue com os seus escritos que tem muito jeito.
«Tens o olhar misterioso Com um jeito nevoento, Indeciso, duvidoso, Minha Maria Francisca, Meu amor, meu orçamento! A tua face de rosa Tem o colorido esquivo De uma nota oficiosa. Quem dera ter-te em meus braços, Ó meu saldo positivo! E o teu cabelo - não choro Seu regresso ao natural - Abandona o estalão-ouro, Amor, pomba, estrada, porto, Sindicato nacional! Não sei porque me desprezas. Fita-me mais um instante, Lindo corte nas despesas, Adorada abolição Da divida flutuante! Com que madrigais mostrar-te Este amor que é chama viva? Ouve, escuta: vou chamar-te Assembleia Nacional, Câmara Corporativa.»
Também eu, SM, naqueles momentos de stress maior, em que as mais negras angústias me assaltam impiedosas, sei que é preciso parar. É o momento em que no chão me sento, quando não acocoro, qual pequena suja, e sorvo ávida esse infalível indutor de renovados e enérgicos ânimos, o Kit-Kat-Aeroporto.
sinto o mesmo, sr. Ministro.
ResponderEliminarboa viagem.
É desta que vem comigo, flor do meu coração?
Eliminarsó se me prometer que não voltamos :)
EliminarVenha, vamos voar pelos céus, vaguear pelos continentes, perder-nos no mundo, com a única certeza que no seguimento da noite mais escura teremos sempre uma madrugada pronta a receber-nos.
EliminarCidadã flor, sabe bem que o Senhor Ministro faz muita falta à nação e ao mundo. O Senhor Ministro volta sempre, como a bonança depois da tempestade, o dia depois da noite, a primavera depois do inverno.
EliminarComo diria o Dr. Pipoco, vulto da cultura que o Senhor Ministro muito preza, seu guru e mentor pessoal, as coisas são como são.
(Santo António me valha, agora tenho esta na calha. Meu santinho, meu monge, manda-a para bem longe).
o sr. Ministro é um poeta (devia ter declamado :)
Eliminarbons voos!
sr.ª Secretária, uma beijoca para si também!
EliminarÉ verdade, flor, tenho de o reconhecer. Dentro deste coração capitalista habita um poeta de enorme craveira.
Eliminar«Quem és? Lenine. Que queres? É surpresa.
EliminarMas que surpresa queres tu fazer?
Venho alterar as leis da Natureza.
Oh, bardamerda. Não é Deus quem quer!»
:)
(bruá)
EliminarSenhor Ministro, desculpe estar a interromper este momento literário tão bonito, guardo no peito os momentos mágicos de poesia e declamação do Senhor Ministro, mas ouve as vozes ao fundo? É a multidão que veio recebê-lo em êxtase. Não os façamos esperar.
Cidadã flor, como vê, o Senhor Ministro não tem mãos a medir perante tantas solicitações. Um grande beijinho, continue com os seus escritos que tem muito jeito.
para si, sr. Secretária.
Eliminar«Tens o olhar misterioso
Com um jeito nevoento,
Indeciso, duvidoso,
Minha Maria Francisca,
Meu amor, meu orçamento!
A tua face de rosa
Tem o colorido esquivo
De uma nota oficiosa.
Quem dera ter-te em meus braços,
Ó meu saldo positivo!
E o teu cabelo - não choro
Seu regresso ao natural -
Abandona o estalão-ouro,
Amor, pomba, estrada, porto,
Sindicato nacional!
Não sei porque me desprezas.
Fita-me mais um instante,
Lindo corte nas despesas,
Adorada abolição
Da divida flutuante!
Com que madrigais mostrar-te
Este amor que é chama viva?
Ouve, escuta: vou chamar-te
Assembleia Nacional,
Câmara Corporativa.»
:)
Ruborizei.
EliminarMuito obrigada.
(Santo António que trapalhada, tira-me desta charada!)
Já foi escrito um livro sobre isso. Não Lugares, Marc Augé.
ResponderEliminarBoa viagem Sr.Ministro.
Boas férias senhor Ministro.
ResponderEliminarAh, férias...
Eliminar(era bom...)
(infelizmente os sindicatos não se preocupam com os direitos dos Ministros...)
Ministro do Handling! Ah pois é, senhores do G8, isto não têm vocês!
ResponderEliminarCaramba, se isto não é coisa de um país evoluído, não sei nada sobre progresso!
Salgado II? Esse é que tem a panca dos aeroportos. Eu também teria, se tivesse disponibilidade para viajar. ahah
ResponderEliminarTambém eu, SM, naqueles momentos de stress maior, em que as mais negras angústias me assaltam impiedosas, sei que é preciso parar. É o momento em que no chão me sento, quando não acocoro, qual pequena suja, e sorvo ávida esse infalível indutor de renovados e enérgicos ânimos, o Kit-Kat-Aeroporto.
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