quarta-feira, 11 de maio de 2016

Flor, está aí? Maria Flor?

Flooooor!
Já viu as horas? Já passam vinte minutos das sete, onde está? Tínhamos marcado às sete no meu blog, por sugestão da flor, pasme-se!
Começamos muito mal, flor, muito mal. Aliás, não chegámos sequer a começar. Foram ultrapassados todos os limites, não há tolerância protocolar que resista, tomo a sua ausência como um sinal manifesto de abandono do estágio. Deserção!
A flor sabe que o Senhor Ministro tem uma agenda preenchidíssima e que não admite atrasos. Todos os seus atos são cronometrados ao segundo. A esta hora devia estar a ser acordado com beijos e carícias, era mandatório que cá estivesse, flor!
Por S. Marcelo de Belém, será assim tão complicado cumprir ordens simples e horários? Depois venham queixar-se que os estágios não remunerarmos são isto e aquilo. Tem noção do privilégio que seria frequentar a mais alta esfera ministerial, privar com o Senhor Ministro, observar um génio político em ação, vê-lo tomar as rédeas de um país, decidindo os destinos de uma nação?
Sabe quantas pessoas dariam tudo para estar no seu lugar, flor, acaso sabe? E sabe o estado em que ficaram as mãos fortes, porém macias, do Senhor Ministro depois de com elas ter arrancado as nespereiras do jardim? Sabe o entusiasmo quase infantil com que se deitou, antecipando os seus e carinhos ao despertar?  Aaaaahhh, flor, que desilusão! Desertora, a flor revelou-se uma desertora. Não sei se o Senhor Ministro alguma vez perdoará este seu ato irrefletido, irresponsável, inadmissível, intolerável, ignome, infame.

Bom, vou acordar o Senhor Ministro, hoje precisará de beijos e carinhos reforçados.

(Santo António, santo Antoninho, eu te agradeço este arranjinho. Muito obrigada, meu Santo, que afastas dos meus caminhos todas as pedras e espinhos!)

13 comentários:

  1. Maria Alice, desculpe (quer dizer, desculpe é como quem diz, que a si até lhe deu jeito), mas estive a tirar o estrume na vacaria e nem dei conta das horas passarem. A Maria Alice sabe tão bem quanto eu (ou muito melhor, pois já levará décadas de assistência ministerial) que isto de assessorar a Drª. Palmier, treinando com o sr. Ministro, é, para além de moralmente dúbio, profissionalmente ineficaz.
    Assim sendo, e com todo o carinho que a minha veia de Vendredi nutre por si, minha caríssima Maria Alice, despeça-me do estágio sem amarguras e ficamos amigas como dantes.

    Tenho sebes para compor, caso contrário, ficaria por aqui na conversa.

    Um abraço.

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  2. ("não remunerados"?!? mas que vergonha, Maria Alice!!)

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  3. (e pode perfeitamente enviar-me as nespereiras, Maria Alice. as pobrezinhas não têm culpa nenhuma.)

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  4. Não sei se posso aceitar as suas desculpas, o Senhorinistro está desolado.

    (Não remunerado, evidentemente! Aliás, a flor deveria ter de pagar pelo estágio. Percebo agora que não atingiu a grandeza do privilégio que é conviver com o Senhor Ministro. É uma pena que o tenha desprezado, porque vejo que tem uma qualidade preciosa para quem quer vingar no meio político, promete e não cumpre.)

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  5. (e a nossa história de amor?!?! Íamos tão bem encaminhados...)

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    1. por Deus e S. Marcelo de Belem! mas que história é essa, que eu nem me lembro de ter começado? mas de onde vem tudo isto, sr. Ministro?! ao invés de conquistar jotinhas fresquinhas, sonha ser lavrador? tenha juízo, senhor!

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    2. Isso, Flor, continue a renegar-me, que quanto mais me renega, mais o meu amor por si cresce, como uma nespereira adubada a frutificar, a doçura do fruto pronto para ser colhido, um cabaz de nêsperas ao sol da Primavera, nós dois deitados sobre a relva fresca e orvalhada olhando o céu e fazendo previsões meteorológicas.

      (e esta Maria Alice? Não pareço mesmo um jovem agricultor? Pá, isto parece tirado do Borda d'Água, ó caraças!))

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  6. Oh, Senhor Ministro, oh! E tanta terra fecunda para cravar o seu arado...

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    1. Olhe que a Maria Alice, com esse linguajar rural também não vai nada mal! Havemos de fazer estas conversas para as câmaras de televisão quando formos em visita oficial àquelas feiras do porco preto e do fumeiro, ou lá o que é!

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    2. Oh sim! Sigo com a reforma agrária, o Senhor Mimistro e eu, juntos estabeleceremos a nova PAC!

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  7. Sr Ministro, Excelência.
    Não posso deixar de passar ao meu crivo as suas tentativas frustradas para conseguir um ministério de afetos.
    Sr Ministro, os afectos distribuem-se com sorrisos, muitos sorrisos, assim conseguirá mostrar que está feliz, que tem empatia com os outros, e que não leva aquilo muito a sério.
    Sr Ministro, em caso de dúvida, não escolha para beijar mulheres exuberantes mas sim " irmans da caridade " assim conseguirá alcançar o divino e continuar a rir de si mesmo.
    Sr Ministro, se tiver oportunidade dance, mesmo que a ocasião não o exigia, dance, assim continuará a sorrir e a rir-se de si mesmo.
    Sr. Ministro, não exiba a Maria Alice, esse lado deve ser mais reservado.
    Sr Ministro, durma menos e concentre-se a preparar a surpresa do dia seguinte.
    Sr. Ministro, retire do seu vocabulário a palavra esquerdalha, e exorte uns e outros, uma vez uns outra vez outros para que todos se sintam envolvidos pelo seu abraço.
    Sr. Ministro, se se deparar com alguém mais azedo, explique-lhe que o sorriso, o afeto os beijos os abraços e um pequeno gingar conquistam multidões.
    Reconheço-lhe Sr. ministro, a autoconfiança dos pobres de espírito, deles será o reino da política.

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    1. É natural, Maria Alice, sabe que nenhum homem se sente totalmente seguro quando está perante uma figura do poder como eu próprio...

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